Saudações irmãs e irmãos evangélicos
Iremos tratar desse assunto trazendo em primeiro lugar a questão sobre o que é o dízimo. É importante que todo evangélico e cristão em geral saiba qual a função de dar dinheiro pra sua igreja, e que isso tem muito mais a ver com um ato de fé do que com um depósito de dinheiro com a intenção de retorno.
Os valores pagos a uma igreja tem muitas origens históricas, e muitas vezes não eram nobres ou cristãs. Os padres católicos, por exemplo, antigamente cobravam dinheiro para os ricos para realizar a extrema unção, que era basicamente uma oração para garantir o perdão dos pecados no final da vida, garantindo uma vaga no céu. Da mesma forma, muitas igrejas e religiões hoje em dia “cobram” o dízimo em troca de louvores e bênçãos que não podem realizar.
Na bíblia o dízimo é descrito em diversas partes. Por exemplo em Deuterômio, capítulo 14, versículo 22 está escrito: “Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente.” O dízimo quer dizer a décima parte, ou 10% de tudo que se tem como produção da terra, no caso da parte aqui destacada.
Hoje em dia, muitos de nós não tiramos da terra nossas riquezas e sim de nosso trabalho, por meio dos salários quando empregados ou da renda dos serviços que prestamos. Diz a bíblia que devemos dar 10% de tudo que ganhamos para dar ao Senhor.
E quem nada recebe? Como muitas vezes a mulher evangélica que não trabalha e tem que ficar com os filhos? Esta pode dar a décima parte de que? Como mulher honrada e sábia deve orientar aquele que traz dinheiro à casa para realizar o dízimo, uma vez que o trabalho de seu marido só é possível de ser realizado graças ao trabalho que a mulher exerce dentro de casa.
O ato de fé de doar às obras de Cristo independe de existir de fato dinheiro para ser doado, ou renda que possa ser destinada e sim a doação em verdade de parte de nossa vida para a obra que Jesus nos deixou.
Esta doação pode ser em dinheiro, diretamente para nossa Igreja, que, muitas vezes, especialmente as menores que existem nas comunidades Brasil afora, dependem essencialmente do dízimo para se manter em pé, evangelizando e realizando muitos ministérios importantes para a vida de inúmeras pessoas.
Alias, as doações servem para a manutenção de qualquer instituição religiosa, seja evangélica ou não. Afinal de contas, pra organizar um culto é necessário que as contas da igreja estejam pagas. Água, luz, telefone, os profissionais que transmitem os cultos em televisão, rádio,na mídia em geral. Ainda que todos os envolvidos no culto façam sua parte com muita fé e dedicação, estas pessoas precisam sustentar suas famílias, pagar suas contas, se alimentar e é justo que eles possam receber pelo seu trabalho.
O dízimo, assim, é muito importante para a manutenção prática dos locais onde professamos nossa fé em Cristo. Ele deve ser praticado sem que se espere retribuição imediata ou prosperidade direta. Ele deve ser dado de coração aberto, pelo cristão que entende e acredita que aquele dinheiro ou doação em material vai de fato servir para que outros irmãos e irmãs possam, com dignidade, trabalhar pelo Evangelho e para que a palavra de Cristo se dissemine.
É claro que Deus jamais virará as costas para um ato de generosidade e se seu dízimo for dado com fé e comprometimento para as pessoas certas, com certeza estes valores retornarão para sua vida, muitas vezes em forma de bençãos que jamais poderiam ser pagas pelo valor doado inicialmente.
A mulher evangélica, dotada de honra, sensatez e sabedoria deve guiar sua casa para que a décima parte dos recursos não seja destinada para o pecado, como em caso de luxúrias ou extravagâncias que apenas nos afastam de Jesus. Ela deve guiar seu marido para que não somente doe o dízimo, mas trabalhe em prol de sua fé em Cristo, ajudando a Igreja naquilo que puder oferecer.
Quem não puder dar dinheiro que dedique ao menos a décima parte de seu tempo à Cristo, que é muito pouco se pensarmos que Jesus dedicou sua vida inteira a todos nós. Não sejamos mesquinhos em relação às riquezas materiais e dividamos com a comunidade evangélica aquilo que pudermos para espalhar nossa fé.
Meu nome é Maria. Sou apaixonada por teologia e escrevo sobre o mundo religioso há 5 anos. Sou curiosa e pesquiso tudo sobre as religiões mundo afora. Adoro pesquisar sobre as curiosidades que norteiam as mais variadas doutrinas em diferentes países e idiomas. Hoje, sou redatora e amo compartilhar meu conhecimento no portal Oração e Fé.